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É festa! Minas Icesp é campeão do Campeonato Brasileiro Feminino da Série A2


13/07/2018 14h00 Por -

Em 1998, o Gama pavimentou o caminho para a conquista do título da Segunda Divisão do Brasil ao bater o Bahia por 1 x 0. Após essa vitória, o alviverde embalou e seguiu de cabeça erguida até o 3 x 0 sobre o Londrina, no Mané Garrincha, que garantiu o primeiro título nacional de uma equipe do Distrito Federal. Seis anos mais tarde, o Brasiliense repetiu o feito do seu arquirrival ao suportar a catimba do tricolor baiano e derrotá-lo por 3 x 2, em plena Fonte Nova.

De lá para cá, o futebol do DF amargou 14 anos de ostracismo no cenário nacional, sem beliscar sequer uma Série D, tendo feito poucas campanhas destacadas ao longo dos campeonatos. Essa dura realidade durou até a tarde desta quinta-feira (12), quando o Minas Icesp, equipe que representava a capital federal no Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino da Série A2, venceu o Vitória-BA nos pênaltis, no estádio Abadião, e sagrou-se vencedor da competição.

A batalha

As garotas do Vitória-BA entraram no gramado com a missão de parar o Minas Icesp, se quisessem levantar a taça de campeãs brasileiras. A jovem equipe de Brasília, por sua vez, após ter segurado empate por 2 x 2 no Barradão, no primeiro jogo da final, tinha em mente coroar com chave de ouro um excelente trabalho que vem sendo feito desde 2012. Além do acesso à Primeira Divisão do futebol feminino nacional, as “Minas” queriam a taça. E, honrando seus antepassados do masculino, o Minas tinha de fazer isso diante de uma equipe baiana.

Mas a torcida que encheu as arquibancadas do Abadião passou 90 minutos de muita aflição. Ocorre que as meninas do DF fizeram um jogo muito truncado ante as adversárias baianas. As duas equipes estudaram-se durante os minutos iniciais e, talvez por nervosismo, pecaram bastante na conclusão de passes e jogadas. Verena teve na cabeça a chance de coroar as baianas com o título. Em duas oportunidades, sendo uma aos 9’ e a outra aos 24 minutos, a atleta, de “casquinha” desviou as bolas cruzadas para o gol de Kris, que defendeu com os olhos.

Aos 26 minutos, uma zagueira rubro-negra desatenta deixou que a bola de Robinha desviasse em sua mão. Sorte do Vitória, o árbitro não enxergou o lance. Isabela, nos minutos finais da primeira etapa, quase marcou contra sua própria meta, ao desviar um cruzamento endereçado de Adriana.

No segundo tempo, a xará das adversárias voltou melhor. A Victória, que é também camisa 10 da seleção brasileira sub-20, após muito insistir, chutou forte da entrada da área, mas Yasmin defendeu com autoridade. Aos 29 minutos, Dan fez as visitantes pensarem que o tormento estava no fim. Depois de um bom cruzamento, a rubro negra mandou a bola na rede pelo lado de fora. Kris ainda pôde defender um incrível arremate de Roqueline e garantiu o empate no placar. Após um empate sem gols, a taça teria de ser decidida nas cobranças de pênaltis.

Os pênaltis

Nas penalidades, mais emoção. Tudo seguia nos conformes. Jéssica, Novinha e Robinha deixaram seus gols. Ao passo que o Vitória também convertia suas três primeiras cobranças. Na quarta, a bola estaria nos pés de Victória Albuquerque. Aqui um parêntese, pois ao longo da história do futebol não é incomum encontrar grandes craques que desperdiçam cobranças importantes que poderia garantir a vitória de suas equipes eliminadas. Não foi diferente na Ceilândia. A jogadora da seleção canarinho errou seu chute, faltando apenas um para o fim da partida. Esse poderia ter sido o fim de um sonho, que apesar da vaga para a elite assegurada, daria uma sensação de vazio ao clube brasiliense.

Mas a estrela de Kris (goleira irmã de Victória) brilhou mais forte. Na última e derradeira cobrança, a arqueira foi certeira. A bola espalmada por ela rolava vagarosamente o campo, enquanto rubro-negras lamentavam e as candangas, enlouquecidas, corriam umas contra as outras, comemorando uma conquista importantíssima para o esporte do Distrito Federal.

Mais uma vez Brasília escreveu seu nome no topo do Brasil. Mais uma vez através de uma Segunda Divisão. Novamente diante de um adversário baiano. O Distrito Federal permanece vivo no cenário nacional. Graças às “Minas”, que em ano véspera do Mundial Feminino em Paris, que ocorrerá em 2019, conquistou um troféu inédito e de suma importância para a história da modalidade local.

FICHA TÉCNICA

Campeonato Brasileiro Feminino Série A2 2018 – Final – Partida de Volta

12/07/2018 – 15:00h

Estádio Abadião, Ceilândia-DF

Público e Renda: Não divulgados

Arbitro: Christiano Nascimento – DF

A1: Luciano Benevides – DF

A2: Lehi Souza – DF

4º Árbitro: Luiz Aniceto – DF

Analista de Campo: Rodrigo Paulino- DF

MINAS ICESP

Kris; Laine, Luyara (Eliude), Andiara e Jéssica; Adriana, Bia, Robinha e Victória Albuquerque; Bárbara e Novinha.

Técnico: Singol Santos

Gols: Sem gols.

Pênaltis: Jéssica (GOL), Novinha (GOL), Robinha (GOL), Victória (ERROU) e Eliude (GOL).

Cartões amarelos: Victória e Luyara.

Cartões vermelhos: Não houve

VITÓRIA-BA

Yasmin; Thaynara, Amny (Raquel), Isabela e Ana Paula; Faby, Milena, Roqueline e Tay; Verena (Gadú) e Danusia.

Técnico: Lucas Grillo

Gols: Sem gols.

Pênaltis: 8 (GOL), 10 (GOL), 5 (GOL), 2 (ERROU) E 13 (ERROU)

Cartões amarelos: Adriana e Jéssica.

Cartões vermelhos: Não houve

Foto: Anderson Papel

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